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Pousadas de Portugal – Moradas de Sonho

Autores Portugueses partilham Pousadas de Portugal em livro


Numa iniciativa original, as Pousadas de Portugal lançam o livro “Pousadas de Portugal – Moradas de Sonho”, uma compilação de textos inéditos de 39 figuras da cultura nacional, entre Escritores, Músicos e Arquitectos, que partilham as experiências vividas em cada uma das Pousadas de Portugal espalhadas pelo país e também no Brasil. Com introdução de Agustina Bessa-Luís e fotografias de Paula Oudman, este projecto contou com o apoio do Centro Nacional de Cultura, da Inapa, do ITP – Instituto de Turismo de Portugal, da Fundação Oriente e da Caixa Geral de Depósitos.


“O lançamento deste livro é o concretizar de um projecto a que há muito procurávamos dar forma. O desafio lançado a todos os autores foi desde logo aceite e foi com tantas preciosas participações que conseguimos hoje ter em mãos um livro de prestígio que descreve as Pousadas de Portugal através de uma heterogeneidade de estilos e abordagens, conferindo a esta obra um carácter especial”, afirma José Roquette, Presidente das Pousadas de Portugal, por ocasião do cocktail de lançamento do livro.


A apresentação do livro foi feito por Rita Ferro, escritora e autora de um dos textos e neta de António Ferro, fundador das Pousadas de Portugal.


O livro “Pousadas de Portugal – Moradas de Sonho” inclui testemunhos actuais e originais dos lugares de excepção que são cada uma das Pousadas retratadas pelos textos de autor, informações úteis e os dados mais relevantes sobre cada unidade e o local onde se insere.


As imagens, da autoria de Paula Oudman, reflectem o carácter único de cada Pousada e a forma como estas se tornaram parte da identidade local e da memória colectiva nacional.


Respeitando os quatro segmentos que identificam o estilo de cada uma das trinta e oito Pousadas (Histórica, Histórica Design, Charme, Natureza), este livro percorre Portugal através de castelos, conventos, mosteiros, locais de sonho e paisagens de aventura, passando pelos Fortes das ilhas dos Açores, até alcançar Salvador da Bahia, no Brasil.


Um capítulo dedicado à Gastronomia nas Pousadas, explora os sabores portugueses através de reinterpretações únicas e as notas auto-biográficas dos autores encerram a obra.

“Pousadas de Portugal – Moradas de Sonho”
Excertos do Livro


“As Pousadas de Portugal, que foram a ideia mais feliz de António Ferro, um d’annunziano sem D’Annunzio, não chegaram a ocupar castelos e muralhas, mas levantaram-se em lugares saudosos como os há em Portugal; significaram muito para os hóspedes, os primeiros viajantes de fim-de-semana que tinham na pousada um recebimento principesco de que alimentavam o espírito narcísico para o resto dos dias de trabalho.”, Agustina Bessa-Luís – Introdução


“Precisávamos apenas de um olhar: uma parte de nós que fosse capaz de atravessar o céu e tocar o horizonte. Foi o tempo que nos encontrou e nos guiou até ela. Aprendemos um caminho sobre pedras que guardavam séculos e que, a partir desse instante, guardaram também uma parte secreta de nós. No Castelo de Palmela, foi-nos dado o olhar de deus para, num momento longo como a vida, podermos finalmente compreender tudo aquilo que esquecemos sem querer.”, José Luís Peixoto – Pousada de Palmela


«Meninos, foi o avô que criou as pousadas». Era uma notícia inócua para os três malandretes sentados no banco de trás, obrigados a acompanhar o pai, professor de História de Arte, nas suas atordoantes viagens pelo País, para conhecerem um pórtico manuelino, um retábulo de talha ou uma coluna salomónica.”, Rita Ferro – Pousada de Elvas


“Pousada, no meu mítico romanceirismo, pede estradas vazias e noites de breu, cruzamentos onde se perde o rumo e o vento a uivar em luzes ao longe. Caminhos todos frios e lá dentro muito quentinho. Foi assim que, em vez desses clássicos, demandei o Convento do Desagravo em Vila Pouca da Beira, tão próximo da Venda de Galizes da minha desafortunada adolescência, sobre os vales do Alva e do Alvoco, nas montanhas escorregantes do Açor.”, João Bénard da Costa – Pousada de Vila Pouca da Beira


«Esta canção foi você que a cantou?». O Rapaz quis responder-lhe. Que sim, que a canção era sua. Que a encontrara, verde e exangue, na noite de um temporal esquecido em que dera à costa de Viana. Que fora ela a primeira a falar-lhe das ilhas. Mas a garganta, há muito seca pelo sal, trocou-lhe as voltas e permaneceu em silêncio. Não devia perder canções bonitas e tristes como esta. Se a deixar ao vento acabará por perder-se no mar e algum cachalote pode ficar-lhe com a sua alma de menino doente.», Pedro Norton, Pousada da Horta


“O ar não mexe e está um calor terrível. Lentíssima, Leonor S. aproxima-se um pouco mais do muro. A saia marcada, os joelhos contra a pedra como nalgum tipo de melodrama barato. Talvez nem fosse preciso dizer, mas trata-se de uma mulher muito bonita. Ali, na Pousada de Mesão Frio, assim tão alta, levantada, dir-se-ia, do mundo, faltam-lhe as palavras. Leonor S. olha as vinhas, as veredas, as casas, o rio, a estrada e não diz nada e não pensa nada e fecha os olhos por um momento.”, Jacinto Lucas Pires – Pousada de Mesão Frio



Sobre as Pousadas de Portugal:


As Pousadas de Portugal “nasceram” em 1942, pelas mãos de António Ferro, e constituem um símbolo fundamental do turismo Português. Com uma rede hoteleira de características únicas, já que muitas das unidades resultam da recuperação de castelos, mosteiros e conventos em avançado estado de degradação, a sua presença em mais de 40 destinos de interesse turístico, histórico-cultural e de lazer, reflecte a rica diversidade e as melhores tradições das regiões em que estão inseridas.


A oferta das Pousadas de Portugal baseia-se na diversificação de experiências, o que deu origem a uma segmentação temática da sua rede consoante os momentos únicos que cada unidade proporciona: Pousadas Históricas, Pousadas Históricas Design, Pousadas Natureza e Pousadas Charme.


Para além de diferentes experiências, as Pousadas de Portugal oferecem também um rico e variado património gastronómico português, à medida da tradição gastronómica de cada região. De forma a manter a excelência e qualidade de serviço, as Pousadas de Portugal apostam na formação contínua dos seus colaboradores, bem como na renovação e modernização das suas unidades mais antigas.


O ano de 2005 marcou o início do processo de internacionalização da marca Pousadas de Portugal com a abertura da primeira pousada fora do território nacional: a Pousada do Convento do Carmo, em São Salvador da Bahia, Brasil. Resultado da recuperação de um antigo convento carmelita do século XVI de raízes portuguesas, esta pousada é também o primeiro hotel histórico do Brasil.


O ano de 2006 trouxe duas novas unidades, Angra do Heroísmo (Açores) e Tavira, a primeira resultado da adaptação de um Forte, com uma vista sublime, a segunda no antigo Convento da Graça, um edifício Histórico na bonita vila algarvia.


Para mais informações, visite o site www.pousadas.pt 


Sobre o Grupo Pestana Pousadas:


O Grupo Pestana Pousadas (GPP) assumiu a exploração da rede de Pousadas de Portugal a 1 de Setembro de 2003, na sequência do processo de privatização da Enatur, proprietária das pousadas. O GPP, consórcio liderado pelo Grupo Pestana, passou a deter 49% do seu capital social.


O consórcio em causa era constituído pelo Grupo Pestana, Fundação Oriente, Grupo CGD, Agência Abreu e Portimar, dando origem ao GPP cujo capital é detido integralmente por estas empresas nas seguintes proporções: 59,8% (GP), 25% (CGD), 15% (FO) e 0,2% (Abreu e Portimar).


Nos termos do contrato de concessão, o GPP será responsável pela exploração da rede actual de pousadas por um período de 20 anos (15 + 5), bem como pela sua expansão. O processo de privatização teve lugar no primeiro semestre de 2003.

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