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PASSEIOS DE DOMINGO – 4º Trimestre de 2008


4º Trimestre 2008


 
1  MOURARIA
 Sábado, 18 de Outubro


Após a reconquista de Lisboa aos mouros, em 1147, estes foram deslocados para um local depois denominado Mouraria. A partir do século XIX, este bairro tornou-se conhecido por ser frequentado por fadistas, como a Severa, e os amantes da boémia. Antigos Conventos, Palácios e Igrejas podem encontrar-se nas sua intrincadas ruas: o Palácio da Rosa, o Convento de Santo-Antão-o-Velho, o Colégio dos Meninos Órfãos ou a Igreja de Nossa Senhora da Saúde são alguns desses vestígios de um outro tempo e de uma vivência que ainda hoje mantém alguns aspectos característicos: centro de festa, de fado, de encontro de culturas, de vida e de animação, o Bairro da Mouraria merece uma visita atenta.
                                                                  
Guia: Adélia Caldas
Horário: 9h
Duração: manhã
Limite: 50 pessoas
Local de Encontro: Ermida Nossa Senhora da Saúde, Rua Martim Moniz



2 TAPADA DAS NECESSIDADES
Domingo, 19 de Outubro


A Tapada das Necessidades, construída por D. João V, data de 1604. Situada na Freguesia dos Prazeres, em Lisboa, trata-se de uma zona de Reserva Florestal Nacional, um grande jardim que um dia terá inspirado Manet a pintar Le déjeuner sur l’herbe. Com D. Fernando, o Rei-artista, e acompanhando também a transição do Absolutismo para o Liberalismo, a Tapada sofre importantes transformações, sempre supervisionadas por Bonnard, director do Real Jardim das Necessidades, que lhe modificam significativamente a estrutura conceptual barroca. A execução do projecto é faseada e continua com o reinado de D. Pedro e mais tarde de D. Carlos. Porém, com o regicídio de 1908 e com a Revolução Republicana de 1910, D. Manuel II refugia-se nos Jardins do Palácio e é obrigado a fugir para Inglaterra. A partir de esse momento a Tapada entra num período de declínio, que dura até aos dias de hoje.


Guia: Fernando Catarino
Horário: 10h
Duração: manhã
Limite: 50 pessoas
Local de Encontro: Largo das Necessidades, Lisboa



3  PASSEIO CAMILO PESSANHA
Sábado, 25 de Outubro


“Lembro-me de o ver chegar de Coimbra. Não sei agora se já estava formado ou não. Suponho que nessa altura andava a rondar a casa dos 30. Era bem apessoado. Tinha um ar triste mas era alegre. À noite passava muito tempo junto à lareira. Era onde a família se reunia. Ele deitava-se no chão e recitava versos. Fazia-o tão bem! Por essas alturas escreveu alguns mas logo os rasgava. Parece que os escrevia só para os decorar e depois fazia o papel em pedaços.”
Madalena da Paixão Pessanha (irmã).
Camilo Pessanha nasceu no dia 7 de Setembro de 1867 na Freguesia Sé Nova em Coimbra. Nesta cidade viveu apenas alguns anos, porque foi acompanhando as colocações do pai que era juiz. Por isso viveu em várias cidades. Esteve nos Açores, em Óbidos, Lamego, Mirandela, e ainda Macau, onde foi professor e exerceu funções judiciais, por mais de vinte anos, e de onde surgiu a sua paixão pela China.
 A relação de Pessanha com Lisboa pode caracterizar-se como regresso ao país perdido, pois só conheceu Lisboa e frequentou o seu meio artístico e intelectual  quando por quatro vezes teve que vir aqui, de Macau, por motivos de saúde. Foi nessas visitas que se deu a conhecer aos modernistas como Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro que publicitaram e lançaram para o século XX a sua poesia simbolista.
Este passeio conta com a presença de António Osório para nos falar da correspondência entre o poeta e Ana de Castro Osório.
 
Guia: Pedro Barreiros (Presidente Ass. Wenceslau Moares)
Horário: 9h00
Duração: dia inteiro
Limite: 15 pessoas
Local de Encontro: Café Nicola –  Rossio
Almoço (no Museu do Oriente)


 


4 BURNAY, O PALÁCIO DA JUNQUEIRA
Domingo, 26 de Outubro


Milionário, vaidoso e invejado, o conde e banqueiro Henri Burnay recebia em sua casa reis e entretinha aristocratas. Uma exposição do interior da sua última residência – o Palácio da Junqueira – mostra-nos como viveu o maior capitalista português do séc. XIX.
“Burnay, o Palácio da Junqueira”, é uma exposição de fotografias de início do séc. XX até à década de 30, que nos leva a conhecer os ambientes exteriores e interiores da residência da família. O Palácio é um raro exemplo de residência da alta burguesia urbana na Lisboa dos inícios do século XIX. A exposição constitui uma oportunidade única para percorrer os espaços do primeiro piso deste belo edifício, onde actualmente funcionam gabinetes do Instituto de Investigação Científica Tropical. Artistas portugueses e estrangeiros trabalharam no Palácio: Malhoa pintou o tecto da sala de jantar, Rodrigues Pita criou os estuques da sala de baile, Ordoñes pintou o tecto do teatro, os italianos Carlo Grossi, pintor, e Paolo Sozzi, escultor, trabalharam na decoração dos interiores.


Guia:  Palácio
Horário: 10h
Duração:  manhã
Limite:  30 pessoas
Local de Encontro: Rua da Junqueira, nº 86


 


5  FLORBELA ESPANCA
Sábado e Domingo, 1 e 2 de Novembro


Florbela Espanca nasce em Vila Viçosa em 1894. “… a terra alentejana, a que entranhadamente quero”. Com apenas sete anos de idade, escreve o seu primeiro poema, A Vida e a Morte. Em 1919 entra na Faculdade de Direito, em Lisboa, cidade onde conhece outros poetas da época. Nesse mesmo ano publica a sua primeira obra, Livro de Mágoas. Depois de três casamentos falhados, da morte do irmão num acidente de aviação, e de uma vida, tal como a sua poesia, de paixão, mas de sofrimento e solidão, Florbela Espanca morre. “Porque nunca soube pôr de acordo o seu corpo, o seu espírito e a sua alma”. (Fernanda de Castro) A poetisa que queria “amar, amar perdidamente” tinha apenas 36 anos de idade.  Neste fim de semana onde se pretende (re)visitar um dos maiores vultos da poesia portuguesa do século XX, vamos ter o acompanhamento de dois especialistas e estudiosos da obra de Florbela Espanca em Vila Viçosa e Évora, além de uma tertúlia florbeliana. O alojamento no Hotel Convento São Paulo na Serra d’Ossa e a gastronomia alentejana, são mais dois motivos para não perder esta viagem. Clique aqui para consultar o programa completo.


Guias: Especialistas de Florbela Espanca
Horário: 8h
Duração: fim de semana
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; alojamento; três refeições



6  O LEGADO DO CONDE DE OURÉM
Sábado, 8 de Novembro


A figura do Conde de Ourém e Marquês de Valença é hoje injustamente desconhecida. Contudo, ele foi um dos mais viajados nobres do final da idade média portuguesa. Introduziu em Portugal objectos e ideias do renascimento que então despontava na Península itálica. Destas viagens trouxe a vontade de construir que ficou patente na sua divisa: “Me faut faire”. Esta atitude progressista levou-o a reconstruir vários castelos que lhe tinham calhado em herança. O Castelo de Porto de Mós e o Castelo de Ourém  são duas dessas marcas que o nobre cavaleiro deixou para a posteridade. O perfil arquitectónico de qualquer um dos dois distancia-se de tudo aquilo que estamos habituados a ver em termos de fortificações portuguesas. O percurso que faremos vai de Porto de Mós a Ourém, passando pelo Mosteiro da Batalha e pela Nova Basílica da Santíssima Trindade em  Fátima.
(de notar que o acesso ao Castelo de Ourém é feito a pé, a subir)


 


Guia: Anísio Franco
Horário: 8h
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte;almoço


 


7 MUSEU NACIONAL FERROVIÁRIO
Domingo, 9 de Novembro


Criada em 2005, a Fundação Museu Nacional  Ferroviário é herdeira das acções que, na área da museologia ferroviária, a CP e a REFER têm vindo a desenvolver. Pretende-se estudar, conservar, valorizar e promover o património  histórico, cultural e tecnológico ferroviário português, bem como gerir o Museu Ferroviário Nacional com Sede no Entroncamento e Núcleos em vários pontos do país. Neste Passeio vamos conhecer o núcleo Sede e a recém inaugurada Rotunda de Locomotivas – no Entroncamento -, bem como o núcleo de Santarém onde estão expostas as Carruagens Reais, Salão D. Maria Pia (recebida de seu Pai como prenda de casamento), Carruagem do Príncipe (oferecida por D. Maria Pia a D. Carlos por ocasião dos seus 14 anos)  e Locomotiva D. Luiz.


Guia: Museu
Horário: 8h45 (partida do comboio às 9h30)
Duração:  dia inteiro
Limite:  35 pessoas
Local de Encontro:  Estação de Sta. Apolónia (átrio junto às bilheteiras)
Transporte;almoço


 


8  VILA FRANCA DE XIRA – MUSEU DO NEO-REALISMO E PALÁCIO DO SOBRALINHO 
Domingo, 16 de Novembro



A exposição sobre Neo-Realismo em Portugal ocupa dois pisos do novo edifício do Museu do Neo-Realismo. Trata-se de uma colecção museológica que reúne um vasto conjunto de documentos sobre o movimento literário e artístico em Portugal. Ali se podem ver primeiras edições das obras literárias fundamentais, manuscritos e fotografias de escritores e intelectuais pertencentes a este movimento.
O Palácio do Sobralinho, no concelho de Vila Franca de Xira, foi fundado no século XVII como residência dos Condes de Vila-Flor. É agora o museu municipal do concelho e sede dos serviços da divisão de Museus, Património e Arquivo Histórico. Na Quinta do Paço do Sobralinho podemos ainda visitiar a área de parque e pomar de citrinos, onde encontramos ainda alguma vegetação natural do Maciço Calcário Estremenho, mancha de vegetação florestal rara no concelho.


Guia: Anísio Franco
Horário: 10h00
Duração: dia inteiro
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte;almoço



9 BANCO ALIMENTAR CONTRA A FOME
   Sexta-feira, 21 de Novembro


Alimente esta ideia.
Lutar contra os desperdícios alimentares e distribui-los gratuitamente às pessoas carenciadas. Este é o compromisso do Banco Alimentar Contra a Fome desde 1992: recolher e distribuir alimentos através do apoio a mais de 1.400 instituições em Portugal. A distribuição total abrange hoje mais de 216.000 pessoas. O primeiro Banco Alimentar Contra a Fome foi criado nos EUA em Phoenix (Arizona) em 1967 por iniciativa de John Van Hengel. Só chegou no entanto à Europa em 1984. O Banco Alimentar de Lisboa angariou só este ano 459 toneladas de produtos, na campanha de recolha de 3 e 4 de Maio. Em apenas dois dias foram mobilizados cerca de 4.000 voluntários que recolheram as contribuições efectuadas em 141 supermercados. Esta acção abrangeu cerca de 60.500 pessoas com carências alimentares.


Guia: Lourenço de Almeida / Isabel Jonet
Horário: 15h
Duração: tarde
Limite: 50 pessoas
Local de Encontro: Av. de Ceuta, Estação C.P.Alcântara-Terra, Armazém 1



10  D. CARLOS 100 ANOS – ATELIER DO PALÁCIO DA PENA
Sábado, 22 de Novembro

       
O Palácio Nacional da Pena constitui uma das expressões máximas do Romantismo arquitectónico do século XIX em Portugal. A sua história está profundamente ligada ao grande terramoto de 1755. Com o abalo o Convento da Pena fica em ruínas. Em 1838, D. Fernando, maravilhado com a beleza do Convento, quase totalmente destruído, inicia rapidamente as obras da sua reconstrução. A obra, que ainda hoje permanece, estaria concluída em 1847.
Num dos aposentos do Rei D. Carlos, decorado com elevado requinte, observam-se sete telas inacabadas da sua própria autoria, representando cenas amorosas, onde Ninfas e Faunos se envolvem em apaixonadas correrias. Uma bonita colecção de vidros e canecas pode ser observada ainda, sobre uma das pequenas mesas que preenchem todo este espaço. No compartimento subsequente (quarto de repouso de D. Carlos), vê-se um mobiliário Império com cama de dossel, onde a madeira e o bronze se interligam harmoniosamente. O conjunto faz-nos recordar um cenário de ópera, traduzindo a mentalidade oitocentista, repleta de sonhos e fantasias.



Guia: Anísio Franco
Horário: 10h
Duração: manhã
Limite: 30 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte


 
11  DAS MARGENS DO CÔA À RAIA BEIRÃ
      Sábado, Domingo e Segunda, 6, 7 e 8 de Dezembro


A zona fronteiriça do Este de Portugal guarda ainda magníficos tesouros patrimoniais, assim como a paisagem preservada. Na zona do rio Côa, visitaremos Sabugal – o castelo de construção dionisina, a Igreja de São João, a Matriz e a Misericórdia. Mas antes de lá chegarmos, teremos tempo de passar por Sortelha, onde visitamos mais uma vez o belíssimo Castelo deste povoado beirão. Na longínqua Vila do Touro, fundada no reinado de D. Afonso II, visitaremos a sua bela Matriz do séc. XVI, o pelourinho e a Ermida de São Lázaro. Aproximamo-nos ainda mais da fronteira para chegarmos a Alfaiates e aí visitarmos a sua bela Igreja da Misericórdia, a Matriz e o Castelo. Coroamos este fim de semana com uma visita ao desconhecido Santuário de Sacaparte.


Guia: Anísio Franco
Horário: 8h
Duração: fim de semana (três dias)
Limite: 45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte; alojamento; cinco refeições



12  LABORATÓRIO DE ROBÓTICA MARINHA DO INSTITUTO DE SISTEMAS E ROBÓTICA DO IST
     Sábado, 13 de Dezembro


O Instituto de Sistemas e Robótica é uma unidade de investigação do Instituto Superior Técnico (IST). Desenvolve actividades de investigação multidisciplinar avançada nas áreas da Robótica e Processamento de Informação, incluindo Sistemas e Teoria do Controlo, Processamento de Sinal, Visão por Computador, Optimização, I.A. e Sistemas Inteligentes, Engenharia Biomédica. Aplicações incluem Robótica Submarina Autónoma, Busca e Salvamento, Comunicações Móveis, Multimédia, Formação de Satélites, Auxiliares Robóticos. O ISR-Lisboa atribui ainda uma especial atenção à cooperação científica internacional e à formação avançada através do apoio aos programas de mestrado, doutoramento e pós-doutoramento do IST. Além disso o ISR–Lisboa promove iniciativas de iniciação à investigação e de divulgação científica em colaboração com instituições não universitárias (escolas do ensino secundário, técnico-profissional, etc.).


Guia: António Pascoal
Horário: 10h
Duração: manhã
Limite:  25 pessoas
Local de Encontro: Instituto Superior Técnico – Av. Rovisco Pais, nº 1



 


13  A  SUL DO SADO: CIDADES ROMANAS – ALCÁCER DO SAL/SANTIAGO DO CACÉM
     Domingo, 14 de Dezembro


De origem árabe  Al-Kassr-Abu-Danis  recebeu esta designação no ano de 715. Era uma importante região de produção de sal, importante porto de construção naval, vital praça defensiva e porta de entrada às províncias do sul por terra e por rio. Com um vasto património cultural e natural, destacam-se, em Alcácer, o Castelo, a Igreja de Santiago e a Igreja de Santa Maria do Castelo. No séc.XVI foi berço do grande matemático, astrónomo e inventor do nónio, Pedro Nunes e foi também neste concelho, na vila do Torrão, que nasceu, no Séc.XV, o escritor Bernardim Ribeiro.
As ruínas romanas de Miróbriga foram referenciadas desde o século XVI por André de Resende, e encontram-se implantadas numa zona privilegiada de visibilidade que lhe permite controlar territorialmente toda uma região, profícua em recursos agrícolas, marítimos e mineiros, pelo que este sítio arqueológico terá desempenhado um papel comercial de relativo destaque. Interpretada como santuário por alguns autores, e como centro urbano provincial por outros, numa das zonas mais bem conservadas de todo o complexo de Miróbriga revelam-se as termas, compostas por dois edifícios construídos em períodos diferentes, possivelmente destinados ao uso feminino e masculino.
O Burgo Medieval de Sant’Iago de Kassem era já de grande importância no século XIII, com responsáveis políticos e administrativos de primeira categoria. Já considerada oficialmente com a categoria de Vila em 1186, recebe a sua primeira Carta de Foral com D. Dinis. No séc. XIX Santiago do Cacém era uma pequena Corte, onde os senhores da terra faziam vida faustosa do tempo dos morgadios. As opulentas Casas dos Condes do Bracial, dos Condes de Avillez, Fonseca Achaiolli e outras, dominavam a vila e o seu Termo e outras terras alentejanas.


Guia: Adélia Caldas
Horário: 8h30
Duração: dia inteiro
Limite:  45 pessoas
Local de Encontro: Entrecampos (em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25)
Transporte;almoço





REGRAS PARA MARCAÇÃO DE PASSEIOS
TABELA DE PREÇOS – PASSEIOS E CURSOS
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Informações e inscrições:
Centro Nacional de Cultura
R. António Maria Cardoso, nº 68 . 1249-101 Lisboa
Tel: 213 466 722 | Fax: 213 428 250
E-mail: alexandra.prista@cnc.pt

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