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Lisboa Romana

ROTEIROS CNC / DIÁRIO ECONÓMICO


LISBOA ROMANA


Este circuito procura de um modo abrangente dar a conhecer os principais sítios em Lisboa onde se verificam os testemunhos romanos. Basicamente os pontos referenciados localizam-se na parte baixa da cidade, junto de um antigo braço de rio ou esteiro (com estruturas ligadas à indústria de garum), e na encosta do antigo oppidum ou povoação fortificada (onde mais tarde se ergueria o castelo de S. Jorge).
Para um conhecimento mais aprofundado sugere-se que após a visita aos locais do roteiro, se faça uma deslocação ao Museu da Cidade e ao Museu Nacional de Arqueologia, onde se encontram expostos materiais recolhidos daqueles lugares.


Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros (BCP) – Encontra-se aqui um importante conjunto de cetárias que se localizavam no antigo braço do esteiro ocidental. Podem também ser observadas outras estruturas: três pequenas piscinas que faziam parte de umas termas, um mosaico, um troço de via romana. Estão ainda expostos materiais cerâmicos desta época.


Termas dos Augustais da Rua da Prata (no subsolo da Baixa) – Muito provavelmente serão as estruturas do criptopórtico que sustentava o forum da cidade e que teriam sido utilizadas como armazéns ou conservas de água.
Obs.: o acesso, devido à acumulação de água no interior das galerias, é autorizado ao público apenas em determinados períodos do ano, e é feito através de um alçapão localizado na Rua da Conceição.


Prédio no Largo da Madalena – Na fachada lateral deste edifício podem ser vistas algumas inscrições romanas.


Claustro da Sé – Entre outras construções e estruturas, pode ser visto parte de um muro e de um arruamento romano.


Ruínas do Teatro Romano (entre a rua de S. Mamede, ao Caldas, e a Rua da Saudade) – Provavelmente remonta à época de Augusto, tendo sido posteriormente reconstruído (ano 57 d.C), sendo então dedicado a Nero (conforme a inscrição do proscaenium). As ruínas são constituídas por colunas, bases e capitéis, partes do proscaenium, etc.. Uma parte das ruínas ainda se encontra sob as casas adjacentes.
Duas esculturas de silenos que foram encontradas à entrada da orchestra do Teatro, encontram-se, respectivamente, no Palácio Rio Maior (às Portas de Santo Antão) e no Museu Nacional de Arquelogia.


Casa dos Bicos (Campo das Cebolas) – Pode ser visto um conjunto de cetárias, que faziam parte da preparação do garum, na antiga margem oriental do esteiro; outros materiais são dados a conhecer, por exemplo, uma coluna epigrafada (marco miliário) dedicada ao imperador Marco Aurelio Probo (fins do séc. III), restos de uma ara, etc.


Museu da Cidade (Palácio Pimenta, Campo Grande) – Apresenta, entre outras colecções, espólio romano recolhido em diferentes locais de Lisboa, de que faz parte uma bom conjunto de inscrições epigráficas em lápides funerárias, aras e cipos, além de fragmentos escultóricos, baixo-relevo de sarcófago, capitéis, urnas cinerárias, lacrimatórios, unguentários, sigillatas, lucernas, etc..


Museu Nacional de Arqueologia (Mosteiro dos Jerónimos, Belém) – Estão aqui expostas várias inscrições provenientes de Lisboa, bem como outros materiais romanos oriundos não só da cidade mas, também, de vários pontos de Portugal.

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