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Jardins Históricos do Porto

ROTEIROS CNC / DIÁRIO ECONÓMICO


JARDINS HISTÓRICOS DO PORTO


O Centro Nacional de Cultura sugere visitas no Porto. Além da imagem típica do Centro Histórico do Porto (classificado pela UNESCO como Património Mundial) onde o casario de granito apinhado e densamente construído é dominador, o visitante do Porto pode ser surpreendido pelos seus espaços verdes, alamedas ajardinadas e amenos jardins que integram também o vasto património da cidade.


Jardim da Cordoaria – é um dos mais antigos da cidade e está localizado Campo do Olival, outrora limite da cidade medieval. Com a urbanização desta parte da cidade, a partir do séc. XIX, aqui se veio a instalar a Cordoaria do Bispo que acabou por dar nome ao local. Em 1611 o antigo terreiro teve um arranjo paisagístico e urbanístico, transformando-se em Alameda com percursos arborizados onde, no início do séc. XIX, se realizava todos os dias uma grande feira. Com os alvores do Romantismo e sob a iniciativa de Villard d`Allen, transformou-se, em 1805, em Passeio Público da Cidade, com base no projecto do Arqº francês E. David. Era frequentado pela próspera burguesia e pela aristocracia liberal. Mantém hoje esta ambiência romântica reforçada pela colocação de estatuária reproduzida no principio do século, com destaque para a escultura alegórica da Flora, da autoria do escultor romântico Teixeira Lopes e para as estátuas dos escritores oitocentistas Ramalho Ortigão e António Nobre.


Jardins da Prelada – foram traçados no séc. XVIII, na quinta do mesmo nome, pelo arq. Nasoni. Fizeram parte de uma propriedade privada, uma quinta de recreio onde a natureza compõe o cenário criado pelo espaço arquitectónico. Neste contexto, a água é parte integrante da paisagem construída, com destaque para o Lago numa das extremidades, com uma pequena ilha onde emerge um castelo de duas torres concêntricas. A grande escadaria de acesso, com a fonte central, é um dos percursos mais surpreendentes do conjunto barroco onde já se pronuncia um primeiro estilismo romântico


Jardins do Palácio de Cristal – tiveram a sua origem no séc. XIX quando o arquitecto paisagista francês E. David fez o arranjo do espaço envolvente do palácio de Cristal que abrigara a grande Exposição Industrial de 1865. Daqui se desfruta uma extraordinária panorâmica do rio, ao longo de um cenário idílico de árvores frondosas, carvalhos centenários, canteiros, bosque de tílias e jogos de água. Recuperados e restaurados recentemente, valorizam este espaço cultural ao ar livre, onde se realizam actividades diversas.


Jardins de Serralves – fazem parte de uma antiga quinta dos arredores da cidade, hoje integrada na área de expansão urbanística do séc. XIX e XX. De traçado modernista foram projectados nos anos 20 pelo Arqº Marques da Silva, também autor da casa de habitação onde hoje se encontra instalada a Fundação de Serralves, dedicada a actividades culturais e artísticas. O jardim tem um traçado rectilíneo e é um notável exemplar da influência art deco, com uma geometria simples e uma volumetria plana , onde o desenho do buxo e as espécies florais exprimem o gosto requintado da época. Prolonga-se em terraços sequenciais para além dos quais se estende a mata e o horto tradicional. As diversas actividades de ar livre que aqui se realizam regularmente, particularmente ligadas aos jovens e às crianças animam o espaço e desenvolvem a educação artística.


Jardim da Quinta da Macieirinha – é mais um dos cenários paisagísticos românticos do séc. XIX no Porto. Faz também parte de uma antiga quinta dos arredores, cuja residência mantém as características da época e o interior está ornamentado com objectos do quotidiano oitocentista. O conjunto foi transformado em Museu Romântico e apresentado como um genuíno testemunho histórico da época. O ambiente pitoresco é criado pela vegetação e pelos percursos traçados na natureza, à maneira dos jardins ingleses.


 

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