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CNC: 60 Anos de uma vida cheia

Sábado, 2 de Julho às 10h00, na Biblioteca Nacional, encerramento simbólico da exposição documental e bibliográfica sobre a história do Centro Nacional de Cultura, com visita guiada por Dr. Guilherme d’Oliveira Martins

2 de Julho (Sábado), às 10 horas
na Biblioteca Nacional


Encerramento simbólico da exposição
CNC: 60 Anos de uma vida cheia


O Centro Nacional de Cultura assinalará o encerramento desta exposição com uma visita guiada pelo Presidente do CNC, Dr. Guilherme d’Oliveira Martins.


Entrada Livre



CNC: 60 Anos de uma vida cheia


Comissária: Profª Doutora Maria Calado
Organização: Dr. Marcos Soromenho Santos


No âmbito das Comemorações dos 60 anos do CNC, inaugurou dia 24 de Maio na Biblioteca Nacional, uma exposição documental e bibliográfica sobre a história do Centro Nacional de Cultura.


Na semana seguinte à declaração do final da II Grande Guerra, a 13 de Maio de 1945, o Centro Nacional de Cultura surgiu por iniciativa de Afonso Botelho, António Seabra e Gastão da Cunha Ferreira, sobrevindo como lugar de encontros e de debates a que estiveram associadas, ao longo das décadas seguintes, figuras relevantes do campo cultural.


Se o primeiro grupo fora constituído por jovens monárquicos, pouco a pouco a pluralidade dos protagonistas assomou no espaço e nas iniciativas do CNC, sem pensamentos únicos nem preconceitos limitadores. As personalidades de Francisco de Sousa Tavares e de Sophia de Mello Breyner Andresen, nos anos cinquenta e sessenta, e de Helena Vaz da Silva, no período da democracia, marcaram a vida do Centro, imprimindo-lhe um cunho de liberdade e de abertura de espírito. Primeiro, foi o tempo de uma mesa e algumas cadeiras de lona, uma velha máquina de escrever e um frigorífico antigo que enganou a polícia política. Mais tarde, foram os “passeios de domingo” e as viagens dos Portugueses ao Encontro da sua História, com o entusiasmo timoneiro de Helena.


As paredes do velho Centro testemunham extraordinárias iniciativas e diálogos – Almada Negreiros e Fernando Amado, a aventura do teatro que conduziria à Casa da Comédia, as conferências inconformistas, a arte, a filosofia, a literatura, Delfim Santos, Gabriel Marcel, José Marinho, Joel Serrão, Eduardo Lourenço… Nos anos sessenta a política activa possível assentou praça. Gonçalo Ribeiro Teles, Helena Cidade Moura, Francisco Lino Neto, António Alçada Baptista, João Bénard da Costa, José Cardoso Pires, José Manuel Galvão Teles, José-Augusto França fizeram o CNC andar ao ritmo de um tempo de cursos académicos, guerras coloniais, de renovação da igreja com o concílio, de falta de liberdade que ansiava por ar puro.


E veio a liberdade e a liberdade continuou a ser a marca do centro. O CNC dirigido por Helena Vaz da Silva tornou-se um lugar de memória e de futuro…

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