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BOLSAS CRIAR LUSOFONIA 2005 – ARTES PLÁSTICAS

Centro Nacional de Cultura e Instituto Camões

REGULAMENTO
BOLSAS “CRIAR LUSOFONIA”
INSTITUTO CAMÕES (ICA) /CENTRO NACIONAL DE CULTURA (CNC)


2005



O concurso “Criar Lusofonia” tem por objectivo a atribuição de bolsas no domínio das artes, para estadas de longa duração em países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.


Este Programa, que constitui um apoio à criação artística contemporânea, pretende proporcionar aos artistas de língua portuguesa, com obra já exposta nos seus países, a oportunidade de contactarem outros países da CPLP e de produzirem uma obra para divulgação no espaço lusófono.


A edição 2005 do concurso é patrocinada pelo Instituto Camões e gerida pelo Centro Nacional de Cultura.



BOLSA


Será instituída uma bolsa de criação artística que permitirá uma estada de quatro meses em Portugal ou num dos outros sete países lusófonos.



CANDIDATURAS


Podem candidatar-se à bolsa de criação artistas com obra exposta publicamente nos seus países e, preferencialmente, também no exterior.


Só serão considerados os candidatos das seguintes nacionalidades: Angolana, Brasileira, Caboverdiana, Guineense, Moçambicana, Portuguesa, São Tomense e Timorense.


Os candidatos serão apreciados com base no currículum  e no conjunto da obra produzida até à data da candidatura e sobre a “declaração de motivos”. Os processos de candidatura deverão incluir:

Projecto a desenvolver;

Indicação do País de sua preferência explicitando os motivos;

Dossier de imprensa; 

Portfolio; 

Bilhete de Identidade;

Curriculum Vitae;

País de residência;

Nacionalidade;

Endereço, Telefone, etc;

Conta bancária onde poderão ser depositadas as mensalidades da bolsa.

As candidaturas deverão ser entregues em 5 exemplares. 


PROGRAMA


O programa de cada bolseiro será de sua livre escolha devendo, no entanto, respeitar as seguintes condições: 

Estabelecer um plano geral para o tempo de estada, e dar dele conhecimento ao CNC e ao ICA antes do início de vigência da bolsa;
O referido plano deverá prever deslocações a vários pontos do país onde se encontra, despesas que serão cobertas pela bolsa;
O plano também deverá prever contactos com instituições culturais de modo a criar formas de fazer o público do país de acolhimento conhecer o seu trabalho;
Manter o CNC e o ICA informados mensalmente da evolução dos trabalhos; no caso de o trabalho se realizar no estrangeiro, a informação será transmitida através da Embaixada ou Consulado de Portugal.

MONTANTE DAS BOLSAS


A bolsa terá a duração de 4 meses, com custo unitário de 5 000 €, composto por:

despesas de instalação – 1 000 €;

subsídio de alojamento – 500 €;

bolsa  – 2 000 € (500 € por mês);

deslocações no país – 500 €;

viagem de ida e volta – 1 000 €.

VIAGEM


A viagem aérea ida e volta classe económica será liquidada perante entrega no CNC do bilhete utilizado. Em alternativa, o CNC pode adquirir o bilhete e entregá-lo ao bolseiro.


ACOMPANHAMENTO


Os bolseiros que se encontram em Portugal serão acompanhados pelo CNC que facilitará a organização de contactos e prestará aos bolseiros as informações necessárias.


Os bolseiros que estejam noutros países, para além do contacto telefónico e escrito que vão mantendo com o CNC, serão acompanhados, para os mesmos efeitos, pelas Embaixadas ou Consulados de Portugal.


DIVULGAÇÃO DAS OBRAS PRODUZIDAS


A apresentação das obras terá lugar nas instalações do ICA.



JÚRI


Será constituído um Júri com três elementos de reconhecida competência na área das Artes, mais um representante do ICA e outro do CNC. O Júri só reunirá se estiverem presentes todos os seus elementos.


As bolsas poderão não ser atribuídas se o Júri entender que a qualidade dos “dossiers” de candidatura não o justifica.


As decisões do Júri serão devidamente fundamentadas, em acta assinada por todos os seus elementos.


O Júri decidirá sobre as questões omissas no Regulamento.


CALENDÁRIO


O Concurso será anunciado na imprensa e/ou por outras vias complementares que permitam levá-lo ao conhecimento dos potenciais interessados recorrendo-se para tal ao apoio das Embaixadas e Consulados de Portugal no estrangeiro, assim como às Embaixadas em Lisboa dos países de expressão portuguesa.


Anúncio do Concurso até  30 de Abril;
Candidaturas até  31 de Maio;
Selecção pelo júri até 30 de Junho;
Início do programa com entrega pelos bolseiros de programas individuais de estada entre 1 e 15 de Julho;
Desenvolvimento dos projectos entre  Agosto e Novembro;
Entrega de relatórios finais de estada e das obras realizadas até 31 de Dezembro.


PRAZOS


Qualquer adiamento por parte dos bolseiros dos prazos acima referidos para entrega dos relatórios e finalização dos projectos deve ser autorizado pelo CNC e pelo Instituto Camões.
Qualquer prestação devida perde a validade se a concretização da acção a que se refere exceder em 6 meses o prazo inicialmente previsto.


SEGURO


Os bolseiros beneficiarão de um seguro de Acidentes Pessoais. Acresce a este um Seguro de Doença desde que o bolseiro se encontre em território nacional.


 




R E S U L T A D O S


Já saíram os resultados da 1ª edição das Bolsas Criar Lusofonia na área de Artes Plásticas atribuídas pelo Centro Nacional de Cultura e pelo Instituto Camões.


Nesta edição, a bolsa foi atribuída a Marcos Muthewuye, moçambicano, que apresentou o projecto “Diálogo-Tradição-Contemporaneidade” na área da escultura onde se pretende estabelecer um diálogo entre o tradicional e o contemporâneo usando elementos africanos (materiais naturais: madeira, palha, conchas, etc.) com alguns estereotipos da indústria comercial moderna (materiais artificiais: fios de condução eléctrica, monitores de computador, ecrans de televisores etc.).
Como suplente foi seleccionada a candidata Anésia Manjate, também moçambicana, com o projecto “Laços de sangue e de família na tradição moçambicana, e sua influência na contemporaneidade”.


O júri foi composto por Simonetta Luz Afonso, em representação do Instituto Camões, Maria Calado, em representação do Centro Nacional de Cultura, Nuno Faria, Consultor do Serviço de Belas Artes da Fundação Gulbenkian, Alexandre Melo, Crítico de Arte e António Pinto Ribeiro, ensaísta.

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