No final do século XVI, viveu em Lisboa D. Simoa Godinha, mulher negra, nascida na ilha de São Tomé, casada com Luís de Almeida, escudeiro fidalgo. O casamento teve lugar na ilha africana, mas o casal mudou-se para Lisboa na década de 70 e o esposo faleceu em 1583. D. Simoa ficou em Lisboa, onde se destacava pela sua riqueza e pelos investimentos que realizou. Mulher próxima da Misericórdia, e também dos Jesuítas e dos Franciscanos, foi sepultada junto com o marido na capela que mandaram construir na igreja da Misericórdia. Tal como sucedeu com o altar-mor dos Jerónimos, a nova capela destoava do estilo manuelino pelas suas linhas austeras e pelo uso do mármore em vez da pedra de calcário, mas era um sinal de modernidade e de evolução arquitetónica.
Neste passeio, iremos seguir os passos de D. Simoa pela cidade, começando em São Roque e pela Travessa da Queimada, onde ela tinha imóveis, descendo a São Paulo, onde se situava a sua primeira casa em Lisboa, para seguirmos depois para a Igreja da Conceição Velha, recordando o perfil da cidade no tempo em que esta são-tomense integrava a aristocracia lisboeta.
Guia: João Paulo Oliveira e Costa
Horário: 15h00
Duração: tarde
Limite: 20 pessoas
Local de encontro: Largo Trindade Coelho
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